Na visão de Backus, podem ser partilhados não apenas os livros, mas toda uma variedade de materiais, incluindo ferramentas, uma sala vaga, carros, mobília, música e arte, entre pares, através das bibliotecas, numa base que pode ser construída pela confiança e a credibilidade. "As bibliotecas podem permitir às pessoas um uso melhor dos seus próprios recursos, pela partilha", afirma. "Pela partilha através da biblioteca, em vez de ter de se organizar uma rede totalmente nova (para a partilha), podemos dar um pouco mais de poder à gente que usa a biblioteca."
"O meu interesse pelas bibliotecas", continua, "tem a ver com a tentativa de ser uma força alternativa para alguma coisa mais próxima de uma sociedade e de uma cultura que a si mesmo se possui, democraticamente. Em pleno capitalismo do mercado hiper-livre, as bibliotecas estão a tentar representar, ainda, alguma alternativa onde as coisas ainda se partilham e o conhecimento é construído e apropriado de modo cooperativo." (...)
“As bibliotecas existem para que as pessoas se possam informar por si mesmas. " diz Backus. “Mas não têm de ser apenas locais para aceder à informação. São, cada vez mais, lugares, para fazer alguma coisa sobre aquilo que se está a aprender; para adquirir conhecimento e fazer alguma coisa com ele."
“ Cheguei ao ponto em que quando penso numa biblioteca, a minha imaginação não a representa como um edifício cheio de estantes de livros, " continua. "Representa-a como um espaço e uma rede muito mais interactivos. Todos conhecemos o poster de biblioteca que diz "Lê", mas penso que o ponto crucial do serviço de biblioteca é transformar essa palavra "Lê" em "Age", "Questiona", "Faz", "Experimenta", "Põe a cabeça de fora".
Artigo de Cat Johnson, acedido pela ajuda de Miguel Mimoso Correia, no FB. Publicado por Maria José Vitorino em
http://alfinete2008.blogspot.pt/2012/04/democracia-e-bibliotecas.html
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